O sonho em Machado de Assis: análise dos espaços fantásticos

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DATA DE PUBLICAÇÃO

2010

RESUMO

Sonhar é uma experiência universal e sempre foi uma das atividades do inconsciente humano mais misteriosas. Por isso, desde os tempos primitivos, o homem atribui uma grande importância aos seus sonhos, por meio de estudos de profundidade e análises sistemáticas desse estado inconsciente. Na literatura antiga e na literatura bíblica, o sonho foi resgatado diversas vezes como responsável pela previsão de um futuro; em outros momentos, como artifício literário para atrair o leitor para dentro da história. Dessa forma, Machado de Assis, em algumas narrativas, buscou o onírico como alicerce para os acontecimentos insólitos, que sugerem o fantástico na literatura. Neste trabalho, analisaremos o capítulo O Delírio, do romance Memórias Póstumas de Brás Cubas e os contos: O capitão Mendonça, A chinela turca, O país das Quimeras e Um sonho e outro sonho, por meio das teorias sobre o espaço de Michel Foucault e Gaston Bachelard; utilizaremos também as teorias sobre o fantástico de Tzvetan Todorov, Louis Vax e Remo Ceserani e ainda buscaremos estudos sobre os sonhos, respaldados nas definições de Sigmund Freud, C. G. Jung, Gilbert Durand e Adélia Meneses. Este estudo visa a uma análise dos limites entre sonho e realidade, que na maioria das vezes permanecem indefinidos dentro da narrativa machadiana, fazendo com que o personagem posicione-se em um entrelugar.

ASSUNTO(S)

sonho espaço fantástico machado de assis teoria literaria fantasia na literatura sonhos literatura fantástica assis, machado de, 1839-1908 - crítica e interpretação rêve espace fantastique

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