O sindicalismo rural e os caminhos para a autogestÃo: uma superaÃÃo ao assistencialismo?

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DATA DE PUBLICAÇÃO

2004

RESUMO

A zona da Mata Sul de Pernambuco se caracterizou historicamente pela concentraÃÃo de terra atravÃs do domÃnio do latifÃndio por meio da monocultura da cana-de-aÃÃcar. Nessa regiÃo se estabeleceram formas de dominaÃÃo sobre a terra e seus habitantes por uma elite denominada de senhores de engenho e posteriormente chamados de usineiros. Neste processo de dominaÃÃo, a organizaÃÃo de trabalhadores rurais vivenciou diversas fases, como tendo sido, inclusive, espaÃo que antes de confrontar-se com os interesses antagÃnicos evidenciados pela relaÃÃo de classe, tornou-se um amortizador dos conflitos. Esta atuaÃÃo do sindicalismo rural de carÃter assistencialista conseguiu ser superada, em parte, pela atuaÃÃo da Igreja CatÃlica no processo de formaÃÃo das lideranÃas sindicais a partir dos anos 80. Todavia, a marca assistencialista nÃo se tornou um elemento apenas do passado dos sindicatos; ele se mantÃm atravÃs das novas estratÃgias que estÃo sendo desenvolvidas pelo movimento sindical a partir da reestruturaÃÃo produtiva. O presente estudo à uma anÃlise da relaÃÃo entre a experiÃncia de busca da autogestÃo dos sindicatos de trabalhadores rurais ligados à administraÃÃo da Usina Catende, zona da Mata Meridional de Pernambuco, em seu processo de falÃncia por meio do afastamento dos antigos usineiros e a prÃtica assistencialista dos sindicatos. Desta forma, buscamos entender se a experiÃncia de autogestÃo na usina tem contribuÃdo para a superaÃÃo do assistencialismo no sindicalismo rural, tendo em vista que o processo que desembocou no afastamento dos antigos proprietÃrios caracterizou-se por uma aÃÃo articulada entre estes sindicatos, denotando uma clara aÃÃo de confronto entre os interesses antagÃnicos dos trabalhadores rurais e da classe dominante da regiÃo

ASSUNTO(S)

assistencialismo servico social usineiros sindicato de trabalhadores rurais

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