O riso carnavalesco na poesia de Nicolau Tolentino

AUTOR(ES)
DATA DE PUBLICAÇÃO

2010

RESUMO

Este trabalho apresenta uma análise da poesia de Nicolau Tolentino, mostrando alguns aspectos de sua comicidade, com atenção especial para o riso carnavalesco. Para isso, traz a teoria do riso de zombaria de Propp (1992) e do riso carnavalesco de Bakhtin (1993, 2008), além de percorrer um breve caminho da sátira na literatura portuguesa, passando pelo Cancioneiro Medieval, Gil Vicente e Bocage e situando a produção de Tolentino dentro da sociedade da época. O riso carnavalesco faz parte da literatura carnavalizada, que sofreu influência das festas populares, vindo a ter seu auge na Idade Média e no Renascimento, mas deixou marcas nos períodos posteriores. Dessa maneira, além do riso de zombaria, típico da sátira por fazer rir ao desnudar um defeito até então escondido, existem na poesia de Tolentino vestígios do riso carnavalesco pela presença de princípios materiais e corporais, auto-ironia, riso geral, a anormalidade no curso da vida e o rebaixamento do que é idealizado.

ASSUNTO(S)

tolentino, nicolau, 1740-1811 literatura portuguesa poesia

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