O retalho do músculo peitoral maior nas reconstruções em Cirurgia de Cabeça e Pescoço: análise crítica

AUTOR(ES)
FONTE

Rev. Col. Bras. Cir.

DATA DE PUBLICAÇÃO

29/03/2018

RESUMO

RESUMO Objetivo: avaliar os resultados do uso do retalho de músculo peitoral maior nas reconstruções de cirurgias de cabeça e pescoço. Métodos: estudo retrospectivo com análise de banco dados e revisão de prontuários de pacientes com câncer de cabeça e pescoço operados na Disciplina de Cirurgia de Cabeça e Pescoço do Departamento de Cirurgia da Santa Casa de São Paulo em um período de 16 anos, utilizando-se o retalho de músculo peitoral maior para reconstrução. Foram analisados idade, sexo, sítio primário da neoplasia, estadiamento clínico, radioterapia (RT) pré-operatória e as complicações encontradas, classificadas em maiores e menores. Resultados: a casuística foi de 92 pacientes, dos quais 86 (93,5%) eram homens; a média de idade foi de 61,39 (dp±11,35) anos; os sítios primários mais acometidos foram boca em 35 casos (38%); orofaringe em 21 casos (22,8%) e laringe em 18 casos (19,6%). A maioria dos pacientes encontrava-se no estádio IV (88/92; 95,6%) e apenas quatro (4,3%) tinham realizado a RT pré-operatória. A taxa global de complicações foi de 48,9%, mas apenas 6,5% caracterizadas como complicações maiores. Na análise estatística univariada, não foram encontrados fatores relacionados à ocorrência das complicações. Apenas o sítio primário da neoplasia apresentou significância marginal (p=0,06). Conclusão: o retalho de músculo peitoral maior é seguro, com poucas perdas completas e eficaz nas reconstruções em cirurgias de cabeça e pescoço, com baixas taxas de complicações maiores, sendo uma opção a ser considerada.

ASSUNTO(S)

neoplasias de cabeça e pescoço retalho miocutâneo músculos peitorais complicações pós-operatórias

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