O representante eleito como intermediário entre o grupo e o poder
AUTOR(ES)
Galery, Augusto Dutra
FONTE
Psicol. USP
DATA DE PUBLICAÇÃO
2017-08
RESUMO
Resumo Este artigo investiga a hipótese de que o sistema democrático como modelo de organização de grupos instituídos tem a função intersubjetiva de manter o vínculo social, ao transferir para o representante eleito o mal-estar da convivência, mas sem permitir ao representante o poder absoluto. O representante ocupa, portanto, a posição de tabu, que mantém o desejo narcísico e onipotente rejeitado entre os membros. Do ponto de vista do representante, significa submeter seu ideal de Eu aos ideais do grupo, num movimento contrário ao do líder descrito por Freud em Psicologia das massas e análise do eu. Essa hipótese foi usada para analisar a história de vida de um representante sindical e retratar seu sofrimento psíquico durante sua atuação e após a saída do sindicato. A psicanálise e a psicossociologia são as principais teorias de base utilizadas, em destaque os textos de S. Freud, R. Kaës, J. Barus-Michel e E. Enriquez.
ASSUNTO(S)
psicologia social psicanálise de grupo democracia
Documentos Relacionados
- O representante como protetor: incursões na representação política "vista de baixo"
- Como Controlar o Representante?: Considerações sobre as Eleições para a Câmara dos Deputados no Brasil
- 2 - Conflitos de autoridade. Cortés entre o poder real e o poder local
- CRISE, MUDANÇA E INTERMEDIÁRIO: O PAPEL DO PROFESSOR DE CIÊNCIAS NA CONSTITUIÇÃO DAS RELAÇÕES INTERSUBJETIVAS EM UM GRUPO DE PROFESSORES
- Poder militar: entre o autoritarismo e a democracia