O que podem nos contar os estágios supervisionados em/sobre saúde coletiva?

AUTOR(ES)
FONTE

Saude soc.

DATA DE PUBLICAÇÃO

01/07/2019

RESUMO

Resumo Finalizados, em 2018, 10 anos do início dos cursos de graduação em saúde coletiva no Brasil, muito se tem discutido sobre a atuação do sanitarista no mundo do trabalho e seu papel entre as diversas profissões da saúde historicamente reconhecidas. Muitas das possibilidades de atuação estão em construção nos espaços de estágio obrigatório nos currículos das universidades. Partindo desse solo, entendemos que os campos de estágio podem ser vistos como espaços propícios para a análise do perfil dos sanitaristas que estão sendo formados e a maneira como as diferentes áreas que fazem parte da saúde coletiva estabelecem os diálogos necessários para a formação do perfil desejado, eminentemente multidisciplinar. A partir de experiências dos autores na supervisão de estágios em saúde coletiva, o artigo debaterá os embates entre as áreas do campo no momento da construção da prática profissional. De que maneiras suas lentes moldam os campos e olhares disparados em ambientes de prática? Assim, inspirados no clássico Os argonautas do Pacífico ocidental, de Malinowski, a ideia é refletir sobre a atuação do sanitarista, especialmente o que e como fazem, bem como sobre o que dizem e pensam sobre o que fazem. Ao final, discorremos sobre a prática da própria saúde coletiva.Abstract In 2018, ten years after undergraduate courses in collective health have begun being offered in Brazil, there has been much discussion about the health worker’s performance in the work environment and their role among the various historically recognized health professions. Many of the possible actions are being developed in the obligatory internships present in the universities’ curricula. From this point, we understand that the internships can be seen as favorable places for the analysis of the profile of the public health workers who are graduating and the way in which the different areas that are part of collective health establish the necessary dialogue to form the desired profile, eminently multidisciplinary. Based on the authors’ experiences in the supervision of internships in collective health, the article will discuss the conflicts between the field’s areas during the establishment of the professional practice. In which ways do its lenses shape the field and the perspectives borne in practice environments? In this sense, inspired by the classic Argonauts of the Western Pacific, by Malinowski, we aim at reflecting on the public health workers’ role, what it entails and how it is performed, as well as about what workers say and think about what they do. Finally, we discuss the practice of Collective Health itself.

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