O que fazer quando o paciente com DM2 em uso de insulina basal, mantem o controle glicêmico insatisfatório?

AUTOR(ES)
FONTE

Núcleo de Telessaúde Minas Gerais - NUTEL

DATA DE PUBLICAÇÃO

12/06/2023

RESUMO

A dieta e as atividades físicas devem ser revisadas nos pacientes em que o controle glicêmico é ruim apesar da terapia insulínica. Em geral, uma dieta inadequada e/ou doses insuficientes de insulina são a base da falha terapêutica desses pacientes.

Observados esses aspectos, ao invés de aumentar indefinidamente as doses das insulinas basais, recomenda-se associar uma insulina rápida ao esquema de aplicação de insulina (4 a 10 UI em cada refeição). Essas reposições insulínicas usando o esquema basal/bolus estão indicadas para pacientes que necessitam de controle glicêmico intensivo e passaram a apresentar glicemias pós-prandiais acima dos objetivos glicêmicos, a despeito de estarem em uso de insulina NPH.

A análise das glicemias capilares pós-prandiais obtidas pelo paciente orientará na adoção dos esquemas abaixo:

manutenção da insulinização basal e adição de insulina Regular ou, de preferência, um análogo de ação ultrarrápida (Aspart, Lispro ou Glulisina), antes da principal refeição do dia.

hiperglicemia pós-prandial a despeito do Esquema 1

manutenção do esquema 1 e adição de insulina Regular ou, de preferência, um análogo de ação ultrarrápida (Aspart, Lispro ou Glulisina), antes de uma segunda refeição do dia.

hiperglicemia pós-prandial ocorre após mais de uma refeição, a despeito do Esquema 1

Insulinização plena convencional (insulina NPH e Regular antes do café da manhã e jantar)

A terapia conjunta de insulina regular (antes do café da manhã e do jantar) e de NPH resulta em quatro picos de ação, cobrindo a manhã, tarde, noite e madrugada. Sua dose ótima depende de vários fatores, incluindo nível glicêmico atual, conteúdo de carboidrato da refeição e atividades físicas.

No ajuste das doses da insulina, procure acertar inicialmente a glicemia de jejum (menor que 110), em seguida as glicemias pré prandiais (menor que 110) e posteriormente as glicemias pós prandiais (duas horas após refeição menor que 140)

ASSUNTO(S)

apoio ao tratamento médico t89 diabetes insulinodependente diabetes mellitus tipo 2 insulina d - opinião desprovida de avaliação crítica/baseada em consensos/estudos fisiológicos/modelos animais

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