O que é e de quem é a responsabilidade da realização do teste da orelhinha?

AUTOR(ES)
FONTE

Núcleo de Telessaúde Santa Catarina

DATA DE PUBLICAÇÃO

12/06/2023

RESUMO

O Teste da Orelhinha ou Triagem Auditiva Neonatal é um exame para rastreamento da perda auditiva recomendada para todos os recém-nascidos, preferencialmente realizada na própria maternidade, antes da alta

. A realização do exame é obrigatória e gratuita em todos os hospitais e maternidades de acordo com a

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Objetiva detectar o mais precocemente possível a perda auditiva congênita e/ou adquirida no período neonatal; é altamente preciso e conduz à identificação precoce e tratamento da perda auditiva nas crianças

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A triagem auditiva neonatal justifica-se pelo fato de as crianças com perdas auditivas terem maiores dificuldades para desenvolvimento das habilidades de comunicações verbais e não verbais, assim como aumento de problemas comportamentais e redução de bem-estar psicossocial, além de apresentarem menor nível de aprendizado quando comparadas a crianças com audição normal

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Para aquelas crianças nascidas em casa, em casas de parto e/ou hospitais sem os recursos do rastreamento, o município deve ter algum mecanismo de referência para o rastreamento da perda auditiva do recém-nascido. Cabe ao profissional da Atenção Básica verificar se foi ou não realizado o teste. Caso não tenha sido feito, encaminhar para serviço de referência. Caso o teste tenha sido positivo, verificar se as consultas subsequentes estão agendadas para que seja feito o seguimento da criança

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Também, no sentido de detectar alterações auditivas, o profissional de atenção básica deverá orientar as mães para acompanhar os marcos do desenvolvimento de seus filhos até os 12 meses de vida, de acordo com a Caderneta de Saúde da Criança

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Todos os infantes devem ser rastreados antes de completar o primeiro mês de vida

; quando realizado neste prazo, possibilita um diagnóstico mais definitivo por volta do 4º e 5º mês, bem como o início da reabilitação até os 6 meses de idade. Dessa forma, maiores serão as possibilidades de diagnóstico e intervenção adequados e menores as sequelas decorrentes da privação auditiva

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Os recém-nascidos cujo teste for positivo por meio do rastreamento devem passar por avaliação médica e fonoaudiológica antes dos três meses de idade para confirmação diagnóstica. A todo infante com teste positivo para perda auditiva deve ser assegurada avaliação fonoaudiológica e acompanhamento

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A principal medida de efetividade em longo prazo dos programas de triagem auditiva é a possibilidade da intervenção precoce e dos recursos adequados para otimizar cada tratamento e definir a melhor intervenção

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Uma criança que falha no reteste deve ser encaminhada, pelo fonoaudiólogo que realiza o exame, à avaliação conjunta de otorrinolaringologia e fonoaudiologia para um serviço de referência. A partir dessa avaliação, os bebês que apresentam alterações condutivas, recebem tratamento otorrinolaringológico e, após a finalização do tratamento elas continuarão em acompanhamento. Aqueles que não apresentam alterações condutivas têm seguimento por intermédio de avaliações auditivas completas até a conclusão do diagnóstico, que não deve ultrapassar os 6 meses. Nos casos em que for detectada perda auditiva, inicia-se o processo de reabilitação auditiva com o aparelho de amplificação sonora individual (Aasi ou prótese auditiva), acompanhamento e terapia fonoaudiológica. A protetização e terapia fonoaudiológica o mais precoce possível objetiva maximizar as potencialidades, possibilitando formas de comunicação e prevenindo assim possíveis agravos à saúde e ao desenvolvimento [B]

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A atenção básica é responsável por coordenar o cuidado dos usuários do seu território, garantindo o acesso aos serviços para sua saúde e promovendo a saúde deste destes indivíduos de forma contínua em todas as fases da vida dos mesmos.

ASSUNTO(S)

processo de trabalho na aps enfermeiro h39 teste de função física cuidado da criança prevenção primária triagem neonatal a - estudos experimentais ou observacionais de melhor consistência b - estudos experimentais ou observacionais de menor consistência enfermeria

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