O que as revisões sistemáticas Cochrane falam sobre intervenções para os transtornos do espectro autista?
AUTOR(ES)
Lyra, Larissa, Rizzo, Luiz Eduardo, Sunahara, Camila Sá, Pachito, Daniela Vianna, Latorraca, Carolina de Oliveira Cruz, Martimbianco, Ana Luiza Cabrera, Riera, Rachel
FONTE
Sao Paulo Med. J.
DATA DE PUBLICAÇÃO
2017-04
RESUMO
RESUMO CONTEXTO E OBJETIVO: Os transtornos do espectro autista (TEA) incluem autismo, doença de Asperger e transtorno global do desenvolvimento. As manifestações dos TEA podem ter importante impacto na aprendizagem e funcionamento social, que pode persistir durante a fase adulta. O objetivo foi resumir as evidências de revisões sistemáticas Cochrane sobre intervenções para TEA. TIPO DE ESTUDO E LOCAL: Revisão de revisões sistemáticas conduzida na Disciplina de Medicina Baseada em Evidências da Escola Paulista de Medicina, Universidade Federal de São Paulo. MÉTODOS: Nós incluímos e resumimos os resultados de revisões sistemáticas Cochrane sobre intervenções para TEA. RESULTADOS: Foram incluídas 17 revisões que encontraram evidências fracas de benefícios da acupuntura, dietas isentas de glúten e caseína, intervenção comportamental intensiva precoce, musicoterapia, intervenção precoce mediada pelos pais, grupos de habilidades sociais, modelo cognitivo de Teoria da Mente, aripiprazol, risperidona, antidepressivos tricíclicos, inibidores seletivos da recaptação da serotonina (ISRS); o último apenas para adultos. Nenhum benefício foi encontrado com terapias sonoras, agentes quelantes, oxigenoterapia hiperbárica, ômega-3, secretina, vitamina B6/magnésio e ISRS para crianças. CONCLUSÃO: Acupuntura, dietas sem glúten e caseína, intervenção comportamental intensiva precoce, musicoterapia, intervenção precoce mediada pelos pais, grupos de habilidades sociais e modelo cognitivo de Teoria da Mente parecem ter benefícios para pacientes com TEA (evidência de qualidade muito baixa a baixa). Aripiprazol, risperidona, antidepressivos tricíclicos e ISRS (o último apenas para adultos) também apresentam algum benefício, embora estejam associados a maior risco de eventos adversos. Estudos experimentais confirmando a relação entre prováveis terapias e a doença, e então ensaios clínicos de alta qualidade e de longo seguimento, são necessários.
ASSUNTO(S)
transtorno do espectro autista terapêutica revisão prática clínica baseada em evidências medicina baseada em evidências
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