O projeto antropologio [i.e. antropologico] de Georges Gusdorz e suas implicações na educação
AUTOR(ES)
Jose Dias Sobrinho
DATA DE PUBLICAÇÃO
1975
RESUMO
A educação é hoje tida como um instrumento importante para, não solucionar, ao menos suavizar os problemas da crise da cultura e dos valores humanos e das exigências do desenvolvimento social, que se complexificam no mundo contemporâneo. E de inestimável importância o crescente interesse pela educação. Entretanto, quando levado a situações extremas ou assumidos ingenuamente, acaba transformando-se em pedagogi6mo. Essa crença exagerada no poder da educação como resposta necessária até mesmo suficiente para solucionar os problemas que se apresentam ao homem, a uma nação e a uma época pode manifestar-se ora enfatizando a teoria, ora os procedimentos de ordem prática. Por faltar-lhes muitas vezes o desejável teor crítico, essas adesões conferem um certo sincretismo e dispersividade ao trabalho educativo, tanto ao nível teórico, quanto ao nível prático. De um lado, uma fusão indiscriminada de vários pontos de vista, sem o necessário critério de seleção, e de outro lado, a perda dos fundamentos e da unidade do trabalho, desenvolvido ao sabor das adesões momentâneas ou do foco parcializante adotado em cada circunstância. Sentindo a necessidade de ultrapassar essas simplificações verificáveis nos trabalhos que estão sendo desenvolvidos no campo da educação, aumenta o interesse pelo estudo da filosofia, que rigorosamente co loca a exigência da fundamentação e da visão de conjunto. Com efeito, a medida que se avança nesse estudo, melhor se vai percebendo que aquelas abordagens exclusivistas e fragmentárias, os famosos ismos da educação, carecem de uma fundamentação filosófica mais sólida. Entretanto, ao mesmo tempo vai se tornando mais claro que, se a filosofia requer o rigor, a radicalidade e a total idade, nem sempre o pensamento filosófico veiculo do nas obras especializadas conseguiu, a esse propósito, manter-se fiel ao sentido da realização humana, que é, aliás, o que justifica a existência da educação. Por isso, a filosofia se manifesta como um inevitável ponto de partida da retomada sobre a educação, porém, tanto mais irrecusável, quanto mais intimamente ligada ao problema do homem, quanto mais importante o lugar que confere ao homem. Esta perspectiva é a da antropologia filosófica, que se preocupa antes de mais em responder à questão fundamental: que é homem? No campo da educação -- empreendimento eminentemente humano -- o problema passa a ser o de procurar compreender, segundo as exigências filosóficas, o que. é o homem que se processa em situação de educação. Em outras palavras, se a educação, por excelência, diz respeito ao homem, cumpre em primeiro lugar colocar a questão do sentido do humano, em função do qual seria posteriormente posta em causa a educação
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