O populismo de Adhemar de Barros diante do poder militar no pos-64

AUTOR(ES)
DATA DE PUBLICAÇÃO

2001

RESUMO

Recuperar a trajetória do político paulista Adhemar Pereira de Barros (1901-1969), com especial ênfase no período aberto com o Golpe Militar de 1964. Adhemar de Barros foi um dos participantes mais ativo da conspiração que levou à queda do regime democrático brasileiro, marcado formalmente pela Constituição de 1946. Entretanto, a partir do golpe militar, foi gradativamente alijado de influência política no novo regime, culminando com a sua cassação política e posterior exílio. As razões oficiais apontadas para o seu banimento foram acusações de corrupção e a sua oposição aos rumos cada vez mais autoritários do regime. Este trabalho não nega a validade destas determinações, mas as considera superficiais. Pondera que o ostracismo de Adhemar de Barros está inscrito dentro de um processo desencadeado com a vitória do projeto gestado dentro das Forças Armadas de tomada do poder e redefinição do processo político brasileiro. A condenação da "democracia populista" pelos militares pressupunha o banimento de políticos claramente com ela identificados, a salvo apenas aqueles que acatassem os ditames dos novos donos do poder. Adhemar de Barros não se submeteu e pagou com a sua cassação

ASSUNTO(S)

populismo - brasil governo militar - brasil - historia

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