O pico pré-inversão na deriva vertical de plasma e a camada E esporádica / The vertical plasma drift prereversal peak and the sporadic E layer

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DATA DE PUBLICAÇÃO

2005

RESUMO

A análise dos dados ionosféricos para a estaçãoao brasileira Fortaleza mostrou que os processos de desenvolvimento do pico pré-inversão na deriva vertical do plasma, ao entardecer, estãoo conectados à formação da camada E esporádica (Abdu et al., 2003). No presente trabalho foram analisados dados de três estações ionosféricas no Brasil. Os parâmetros ionosféricos h F (altura virtual mínima da camada F) e fbEs (freqüência de bloqueio da camada Es), observados em torno do entardecer local, foram usados para caracterizar as variações em altura da camada F (amplitude do pico pré-inversão, Vzp) e a freqüência crítica da camada E esporádica, respectivamente. Os dados de Fortaleza mostraram duas situações distintas: (1) valores altos de h F em torno do por do sol (valores altos de Vzp) estavam associados com a interrupçãoo da camada Es por aproximadamente 2 horas; (2) valores baixos de h0F (valores baixos de Vzp) estavam associados à ocorrencia contínua de Es (sem interrupçãoo). Neste trabalho apresentamos os resultados de dois modelos teóricos, os quais foram desenvolvidos com o objetivo de estudar o pico pré-inversão na deriva vertical de plasma, a camada E esporádica, e as possíveis ligações entre estes dois fenomenos. Uma nova versão do modelo desenvolvido por Batista et al. (1986) - CODB2005 - foi usada para simular a deriva vertical do plasma e para avaliar de que forma as camadas E esporádicas presentes na ionosfera de baixas latitudes afetam o desenvolvimento do pico pré-inversão na deriva. Os valores de Vzp obtidos através da simulação concordam bem com aqueles observados: os valores observados nos dois casos foram 30 e 13 ms-1 enquanto os valores modelados foram 29 e 16 ms-1, respectivamente. Uma outra abordagem deste trabalho foi o desenvolvimento de um modelo teórico para a região E -MIRE- que fosse capaz de simular a formação da camada E esporádica. Este modelo inclui, além das reações químicas relevantes para os íons moleculares, os íons metálicos e os processos dinamicos necessários à formação da camada E esporádica. Através do modelo MIRE foi possível avaliar a influencia de um campo elétrico vertical no desenvolvimento da camada Es nos horários próximos ao por do sol. Tanto a inibição (interrupção) da camada, quanto o seu reaparecimento algumas horas mais tarde, foram modelados com sucesso, usando um campo elétrico vertical como parâmetro de entrada no MIRE. Os resultados estão de acordo com a hipótese de Abdu et al. (2003), que atribuem a inibição da camada Es em torno do por do sol aos processos eletrodinâmicos presentes, os quais originam os campos elétricos verticais.

ASSUNTO(S)

simulação finite difference theory deriva de plasma eletrodinâmica space geophysics plasma drifit ionosfera simulation Íons metais teoria da diferença finita electrodynamics geofÍsica espacial camada esporádica ionospheres sporadic e layer metal ions

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