O papel do cirurgião dentista no diagnóstico da displasia ectodérmica

AUTOR(ES)
FONTE

RGO, Rev. Gaúch. Odontol.

DATA DE PUBLICAÇÃO

2017-06

RESUMO

RESUMO A displasia ectodérmica (DE) refere-se a uma doença de caráter hereditário que afeta as estruturas derivadas do ectoderma. Uma das principais características desta síndrome é a múltipla ausência de dentes e elementos com formato cônico, afetando a dentição decídua e permanente, além de características faciais patognomônicas que tornam os pacientes bastante parecidos entre si. O presente trabalho tem como objetivo relatar um caso clínico onde uma paciente foi diagnosticada com displasia do ectoderma durante uma consulta odontológica, aos de dez anos de idade; discutimos também a participação do cirurgião-dentista no processo diagnóstico da doença. Os responsáveis pela criança procuraram atendimento odontológico, ansiosos pela não erupção de diversos dentes, cuja agenesia foi confirmada ao exame radiográfico panorâmico. Clinicamente, a pele ressecada, pêlos e cabelos escassos, unhas deformadas e quebradiças e o nariz em forma de “sela” também chamavam atenção, suspeitando-se da manifestação de um caso de displasia ectodérmica. Assim, a paciente e seu núcleo familiar foram encaminhados a procurar orientações médicas, confirmando-se o diagnóstico da síndrome que, supostamente, também atingia outros membros da família. A partir de então, a reabilitação da paciente envolveu um planejamento terapêutico multidisciplinar para reabilitação protética diante das agenesias, atendimento psicopedagógico de suporte e intervenção médica para tratamento do presente quadro de hipermetropia. As alterações dentárias são as características primárias que justificam o conhecimento da displasia ectodérmica pelo cirurgião-dentista, em especial o Odontopediatra, que muitas vezes é o primeiro a diagnosticar a doença pela queixa das agenesias relatadas pelos pais ou pacientes.

ASSUNTO(S)

anodontia displasia ectodérmica reabilitação bucal.

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