O PAPEL DO CETICISMO NA FILOSOFIA DO JOVEM HEGEL

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DATA DE PUBLICAÇÃO

2008

RESUMO

O presente trabalho pretende mostrar que o ceticismo é um dos principais desafios para a filosofia moderna desde a deflagração da Reforma Protestante e a redescoberta e tradução dos textos de Sexto Empírico. A recepção desse ceticismo é um dos principais fatores que determinou a nova fundamentação da filosofia moderna com base na subjetividade. É nesse pano de fundo de uma nova fundamentação da filosofia, sob o fundamento da subjetividade, que Hegel aborda o problema do ceticismo. O pensamento desenvolvido por Hegel no período de Jena (1801-1807), principalmente no escrito da Diferença entre as filosofias de Fichte e Schelling, e nos artigos do Jornal Crítico de Filosofia, Relação do ceticismo com a filosofia e Fé e Saber, parte do diálogo com a filosofia do idealismo alemão, que é o ápice do subjetivismo na filosofia desenvolvida a partir da retomada do ceticismo, Hegel tenta, por meio da interpretação e superação do ceticismo, estabelecer um novo fundamento para a filosofia. Portanto o ceticismo, nesse período da filosofia de Hegel, possui o papel de ser a negatividade inerente à autêntica filosofia que aniquila o ponto de vista das filosofias da subjetividade. Esse modo como Hegel incorpora o ceticismo a sua filosofia possui seu ponto alto na Fenomenologia do Espírito. A figura do ceticismo perfeito, apresentada na introdução da Fenomenologia do Espírito, possui o papel de fazer a passagem do ponto de vista das filosofias da subjetividade, para o ponto de vista especulativo da razão

ASSUNTO(S)

hipotiposis pirrônicas idealismo hegel filosofia ceticismo modernidade

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