O papel do apoio social no adoecimento psíquico de mulheres

AUTOR(ES)
FONTE

Rev. Latino-Am. Enfermagem

DATA DE PUBLICAÇÃO

18/07/2019

RESUMO

Objetivo: analisar a relação entre percepção de apoio social e sintomas emocionais e físicos associados a quadros psiquiátricos entre mulheres. Método: estudo transversal, quantitativo, realizado com uma amostra aleatória randomizada de 141 mulheres atendidas numa Unidade de Saúde da Família do munícipio de Ribeirão Preto/SP. Foram utilizados questionário sociodemográfico, Questionário de Suporte Social e Self Report Questionaire. Resultados: não houve associação entre as características sociodemográficas e o transtorno mental, mas entre aspectos como baixa renda e escolaridade. O exercício de profissões culturalmente consideradas de baixo prestígio suscitou algumas reflexões relacionadas à desigualdade de gênero. Houve diferença significativa nos escores de satisfação entre as mulheres que referiram ou não os sintomas de cansaço e tristeza e do número de apoiadores entre as que referiram ou não o sintoma de cansaço. Cônjuges e filhos foram os apoiadores mais mencionados e ter transtorno mental foi significativamente associado a não ter amigos na rede de apoio. Conclusão: questões relacionadas à equidade de gênero e à satisfação com o apoio social são aspectos importantes para a assistência. Para a promoção da saúde mental deve-se empreender esforços para que as mulheres se sintam mais conectadas e amparadas pelos apoiadores disponíveis em seu entorno social. Objective: to analyze the relationship between perception of social support and emotional and physical symptoms associated with psychiatric conditions among women. Method: a cross-sectional, quantitative study was carried out with a randomized random sample of 141 women attended at a Family Health Unit of the city of Ribeirão Preto/SP. A sociodemographic questionnaire, the Social Support Questionnaire and the Self-Report Questionnaire were used. Results: there was no association between sociodemographic characteristics and mental disorder, but between aspects such as low income and schooling. The exercise of professions culturally considered as of low prestige gave rise to some reflections related to gender inequality. There was a significant difference in the satisfaction scores between the women who reported or not the symptoms of tiredness and sadness and the number of supporters among those who reported or not the symptom of fatigue. Spouses and children were the most mentioned supporters, and having mental disorder was significantly associated with having no friends in the support network. Conclusion: issues related to gender equity and satisfaction with social support are important aspects of care. For the promotion of mental health, efforts must be made to make women feel more connected and supported by the supporters available in their social environment.

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