O papel da viscosidade na colocação de fluxos ácidos de alta temperatura da Formação Serra Geral na Sinclinal de Torres (Rio Grande do Sul, Brasil)

AUTOR(ES)
FONTE

Braz. J. Geol.

DATA DE PUBLICAÇÃO

2014-12

RESUMO

Os fluxos ácidos da Formação Serra Geral na Sinclinal de Torres, Rio Grande do Sul, Brasil, estão no topo de uma sequência vulcânica composta por uma associação de fácies complexa de fluxos básicos do tipo pahoehoe compostos, simples e rubbly, domos e fluxos tabulares de lava ácida. A origem e as condições de colocação das rochas vulcânicas ácidas são discutidas neste trabalho com base em petrologia, em temperaturas calculadas por termometria de saturação em apatita e em dados de viscosidade estimada. As temperaturas liquidus para as amostras de riodacitos a riolitos são de 1067,5 ± 25ºC em média. Os valores de viscosidade (η) variam de 105 to 106 Pas para condições anidras, sugerindo a colocação de fluxos e domos de lava de alta temperatura e baixa viscosidade. A ocorrência de domos de lava ácida sobrepostos a fluxos pahoehoe simples como vitrófiros com bandamento de fluxo foi sob baixas taxas de efusão, apesar das suas altas temperaturas e baixas viscosidades que são refletidas na sua baixa dimensão vertical. A colocação de domos de lava continuou até a erupção de fluxos do tipo rubbly pahoehoe e a geometria destes depósitos tornou o relevo acidentado. A presença de fluxos de lava tabulares cobrindo a topografia indica uma colocação sob altas taxas de efusão de fluxos com isolamento térmico causado pelas superfícies externas já resfriadas. A capacidade para atingir maiores distâncias e ultrapassar obstáculos do relevo é explicada não apenas por altas taxas de efusão, mas também por viscosidades muito baixas no momento da sua colocação.

ASSUNTO(S)

viscosidade fluxos Ácidos sinclinal de torres formação serra geral província paraná-etendeka

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