O papel da ileostomia de proteção como causa das estenoses anastomóticas nas ressecções anteriores de reto

AUTOR(ES)
FONTE

J. Coloproctol. (Rio J.)

DATA DE PUBLICAÇÃO

2021-06

RESUMO

Resumo Introdução A anastomose de ressecção colorretal é a causa mais comum de estenoses retais. A isquemia do local da anastomose, donuts (anéis) incompletos de anastomose grampeada e infecção pélvica são alguns dos fatores de risco que desempenham um papel no desenvolvimento de estenoses retais pós-operatórias. No entanto, o papel do estoma de desvio no desenvolvimento de estenoses retais não foi estudado extensivamente. Objetivos Estudar a diferença na ocorrência de estenoses anastomóticas (EA) em pacientes submetidos à ressecção anterior baixa (LAR) com ileostomia de proteção e a LAR sem ileostomia de proteção para carcinoma de reto. Métodos Este foi um estudo prospectivo e comparativo de caso-controle realizado em um centro de referência de atenção terciária. A ressecção anterior baixa com ileostomia de proteção foi realizada em pacientes com carcinoma de reto no grupo de estudo, enquanto LAR sem ileostomia de proteção foi realizada no grupo controle. O grupo de estudo tinha 29 pacientes, enquanto o grupo controle tinha 33 pacientes com carcinoma de reto. Resultados Durante o período de acompanhamento médio de 9, 1 meses, 8 (28%) pacientes no grupo de estudo e 2 (6%) pacientes no grupo controle desenvolveram EA (p=0,019). Destes 8 pacientes com EA no grupo de estudo, 50% tinham EA de Grau I, 25% tinhamEA de Grau II, enquanto 25% dos pacientes tinham EA de Grau III (grave). No entanto, ambos os pacientes que desenvolveram EA no grupo de controle tinham um tipo leve (Grau I) de EA. Conclusão A ileostomia de proteção aumenta as chances de formação de AS após LAR para carcinoma de reto. Além disso, o SKIMS Clinical Grading of Rectal Strictures é uma ferramenta simples e útil disponível para cada cirurgião para graduar, classificar e monitorar as estenoses retais pós-operatórias.

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