O olhar de coordenadores e dos professores sobre a coordenação: em foco, as interações

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DATA DE PUBLICAÇÃO

2006

RESUMO

O propósito deste estudo é compreender quais as visões que coordenadores e professores têm da função da coordenação e como são afetados nas e pelas interações professor / coordenador na escola de ensino fundamental da Rede Municipal de São Paulo. Os dados obtidos foram coletados via grupo de discussão e analisados a partir de quatro eixos: o coordenador, no olhar do professor; o coordenador, pelo próprio olhar; o olhar do professor, sobre a atividade de coordenação, e o olhar do professor e coordenador, sobre a atividade de coordenação. As contribuições teóricas utilizadas foram de Henri Wallon e Maurice Tardif. No que se refere ás características pessoais / profissionais os dois grupos entendem que algumas são essenciais para o coordenador. Na visão do professor, a coordenação é uma tarefa difícil, pois trabalhar com professor é muito difícil, articular o projeto da escola também o é. A coordenação sofre influência da direção da escola e da administração, a primeira tolhendo a sua autonomia, e a segunda gastando o tempo com a burocracia. Quanto à interação, professores e coordenadores se vêem afetados tanto no plano individual como no coletivo às vezes de forma positiva, outras, negativa. Na visão do coordenador, a coordenação é fonte de muita angustia, tensão e gasto de energia, mas ao mesmo tempo de muita aprendizagem. Entende seu papel no grupo, os movimentos que o grupo de professores realiza e como é afetado por eles. Os efeitos que a interação produz em seu fazer são mais evidentes, do que no grupo de professores. Para os coordenadores, a experiência resultante das interações é fonte de aprimoramento de seu fazer.

ASSUNTO(S)

escolas publicas -- sao paulo (cidade) -- organizacao e administracao coordenador pedagógico professor teachers psicologia educacional coordinators interações interactions

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