O nível de rua na pandemia: a percepção de profissionais da linha de frente da assistência social sobre a implementação de políticas
AUTOR(ES)
Lima-Silva, Fernanda; Sandim, Tatiana Lemos; Magri, Giordano Morangueira; Lotta, Gabriela
FONTE
Rev. Adm. Pública
DATA DE PUBLICAÇÃO
2020-10
RESUMO
Resumo A pandemia da COVID-19 ressaltou o papel estratégico da política de assistência social para minimizar os efeitos desta crise de saúde e de suas consequências sobre a população mais pobre e vulnerável. A partir desse entendimento, este artigo analisa a percepção de burocratas de nível de rua da rede socioassistencial brasileira sobre como a pandemia tem afetado sua atuação e seu cotidiano profissional. Com base em um survey, em consultas com representantes de serviços socioassistenciais municipais e em regulações governamentais, a pesquisa identificou que, na pandemia, esses trabalhadores se sentem desprotegidos e pouco capazes de dar respostas adequadas às demandas cada vez maiores e urgentes, além de relatarem mudanças substanciais nas suas dinâmicas de trabalho, incluindo um dos seus principais pilares de atuação, o vínculo estabelecido com os usuários dos serviços. Simultaneamente, sentem falta de apoio institucional para atuar com segurança. Esses elementos afetam diretamente a prestação dos serviços socioassistenciais e seu potencial de combater os efeitos adversos da crise.
Documentos Relacionados
- Pandemônio Durante a Pandemia: Qual o Papel dos Profissionais da Saúde e a Ciência?
- Organizações policiais frente à pandemia: sensemaking, liderança e discricionariedade
- A negação da pandemia: reflexões sobre a estratégia bolsonarista
- Percepção de profissionais de saúde sobre o processo de tomada de decisão na assistência a pacientes pediátricos
- Racismo e novo pacto da branquitude em tempos de pandemia: desafios para o Serviço Social