O músculo estraga a mulher? a produção de feminilidades no fisiculturismo
AUTOR(ES)
Jaeger, Angelita Alice, Goellner, Silvana Vilodre
FONTE
Revista Estudos Feministas
DATA DE PUBLICAÇÃO
2011-12
RESUMO
Este texto analisa a relação entre a potencialização muscular e as representações de feminilidade que circulam em uma modalidade esportiva específica: o fisiculturismo. Ancora-se nos estudos culturais e em vertentes do feminismo pós-estruturalista, estabelecendo um diálogo com a teorização de Michel Foucault. As análises indicam que no esporte há um investimento para que as atletas preservem atributos culturalmente relacionados a uma representação de feminilidade normalizada. No entanto, essa recomendação não as interpela da mesma forma: algumas são capturadas por esse discurso, outras reagem e resistem indicando que uma arquitetura corporal muscularmente potencializada não estraga a mulher. Ao contrário, mostra-se como outra feminilidade, tencionando, portanto, as representações binárias de gênero.
ASSUNTO(S)
gênero esporte corpos feminilidades fisiculturismo