O movimento sindical como espaço educativo : formação política do trabalhador

AUTOR(ES)
DATA DE PUBLICAÇÃO

2010

RESUMO

O presente estudo trata do movimento sindical como espaço educativo não-escolar para a formação política do trabalhador e sua articulação com o espaço escolar, no que se refere ao objetivo comum de formar para a participação política. O campo escolhido para a coleta de dados foi a Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil – CTB, e seus principais objetivos foram os de compreender os princípios que orientam a formação política do trabalhador vinculado ao movimento sindical e identificar as aproximações possíveis entre a educação não-escolar e escolar. A investigação configurou-se como um estudo de caso e teve como instrumentos empíricos, observações obtidas durante participação em curso oferecido pela CTB, análise de documentos da mesma organização e entrevistas individuais semi-estruturadas com dirigentes, professores e alunos da formação em curso. Dentre os autores que referenciaram, respectivamente, a construção metodológica e a análise dos dados destacam-se: Meksenas (2002), Bobbio (2003), Manfredi (1986), Gramsci (1985) e Freire (2001). Como resultado das análises, emergiu a preocupação da CTB com uma formação política comprometida com a elevação da consciência crítica e apoiada numa concepção classista, a fim de tornar os trabalhadores dos sindicatos participantes ativos nas lutas sociais. Verificou-se, ainda, que a formação oferecida no espaço da CTB pode contribuir para o desenvolvimento de uma sociedade que valorize a classe trabalhadora, e que educação não-escolar e escolar podem estar articuladas, no sentido de formar para a participação política, sendo ambas de grande importância no processo de conscientização e emancipação dos trabalhadores.

ASSUNTO(S)

formação política educação formal educação não-formal movimento sindical trabalhador

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