O mecanicismo em questão: o magnetismo na filosofia natural cartesiana
AUTOR(ES)
Andrade, Érico
FONTE
Sci. stud.
DATA DE PUBLICAÇÃO
2013-12
RESUMO
O objetivo deste artigo é provar que a experiência tem um papel central na ciência cartesiana e que, portanto, Descartes está disposto a abandonar alguns pressupostos teóricos para adequar-se a algumas observações científicas. Meu ponto é que o compromisso de Descartes com as observações científicas é tão forte que, no estudo do magnetismo, ele opta pela inconsistência do seu sistema quando adota uma propriedade do magnetismo que contraria a lei da conservação da quantidade de movimento. Ou seja, mostrarei que Descartes acata uma propriedade do ímã, observada por vários cientistas, especialmente Gilbert, que é contrária à lei da conservação da quantidade de movimento para resguardar uma sintonia com as observações empíricas. Esse compromisso com a experiência reforça a imagem de que Descartes não era indiferente às observações empíricas do seu tempo, mas opera uma ciência que tenta adequar-se a elas.
ASSUNTO(S)
descartes método magnetismo leis da natureza experiência
Documentos Relacionados
- O Voluntariado em questão: a subjetividade permitida
- A metafísica cartesiana das causas do movimento: mecanicismo e ação divina
- O jogo em questão: um estudo na educação infantil em escolas de Campo Grande-MS
- O movimento A didática em questão: alguns de seu embaraços
- Saúde e participação popular em questão: o Programa Saúde da Família