O mecanicismo em questão: o magnetismo na filosofia natural cartesiana

AUTOR(ES)
FONTE

Sci. stud.

DATA DE PUBLICAÇÃO

2013-12

RESUMO

O objetivo deste artigo é provar que a experiência tem um papel central na ciência cartesiana e que, portanto, Descartes está disposto a abandonar alguns pressupostos teóricos para adequar-se a algumas observações científicas. Meu ponto é que o compromisso de Descartes com as observações científicas é tão forte que, no estudo do magnetismo, ele opta pela inconsistência do seu sistema quando adota uma propriedade do magnetismo que contraria a lei da conservação da quantidade de movimento. Ou seja, mostrarei que Descartes acata uma propriedade do ímã, observada por vários cientistas, especialmente Gilbert, que é contrária à lei da conservação da quantidade de movimento para resguardar uma sintonia com as observações empíricas. Esse compromisso com a experiência reforça a imagem de que Descartes não era indiferente às observações empíricas do seu tempo, mas opera uma ciência que tenta adequar-se a elas.

ASSUNTO(S)

descartes método magnetismo leis da natureza experiência

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