O lúdico nos espaços e tempos de infância: escola e cidade: articulações educadoras

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DATA DE PUBLICAÇÃO

2006

RESUMO

Parafraseando Humberto Maturana, vivemos numa sociedade onde necessitamos justificar todas as nossas ações em função de suas conseqüências. O brincar, emerge como objeto desta investigação como um movimento inverso, contrapondo-se a uma preparação para o futuro. O objetivo deste trabalho é pensar a cidade na perspectiva da criança numa dimensão lúdica a partir de uma experiência bem sucedida numa Escola Municipal na cidade de Novo Hamburgo no estado do Rio Grande do Sul. Como essa experiência poderia invadir a cidade? Que políticas públicas podem recuperar os espaços de jogo e de experiências lúdicas para as crianças e para toda a comunidade? Como é viver uma experiência no brincar, fora da escola? A Associação de Moradores de dois bairros da cidade, entra no cenário justificando o recorte que se fez necessário, para ser o veículo da pesquisa-açã Através de uma intenciolnalidade e uma escuta, passo a integrar a Associação de Moradores, lançando-me na aventura de viver a ludicidade local e todas as suas nuances. Este trabalho buscou também, refletir sobre os processos vividos pelas diferentes concepções de infância, em contraste com a ausência de políticas públicas para as crianças considerando-as verdadeiros atores sociais. As atuais políticas analisadas por Boaventura Souza Santos, foram enfocadas para dar uma dimensão mais ampla da necessidade de que o Estado assuma o seu papel de coordenador e articulador das forças vitais da comunidade. Entre os estudos sobre como podem se concretizar articulações educadoras, surge a cidade educadora como uma nova perspectiva de reativar os vínculos comunitários. O conceito de ludicidade foi explorado e discutido com o objetivo de entender os dilemas da infância roubada e do adulto que não pode mais brincar. Conclui que as iniciativas dos movimentos sociais são fundamentais e tornam-se resistência aos processos alienantes de sociedade na qual vivemos. Mas, que se faz necessário políticas públicas que se assentem na participação ativa do cidadão e que os vínculos comunitários sejam revitalizados e fortalecidos. A infância precisa de políticas públicas que façam valer os seus direitos. E, o brincar é um deles

ASSUNTO(S)

atividade lúdica escola e comunidade educacao educação infantil recreação infantil

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