O inverso do embrião: reflexões sobre a substancialidade da pessoa em bebês prematuros

AUTOR(ES)
FONTE

Mana

DATA DE PUBLICAÇÃO

2013-04

RESUMO

A partir de uma etnografia numa UTI neonatal, articulo uma reflexão sobre a relação entre corpo, substância, subjetividade e pessoa que era ali atribuída aos bebês prematuros. A intenção é demonstrar que há um cálculo inconsciente de substancialização do bebê, ou seja, a ideia de que a partir de determinado peso há uma existência reconhecida do bebê enquanto pessoa dotada de subjetividade. Antes dessa linha demarcatória de atribuição de existência social, o prematuro é tratado como uma espécie de apêndice da mãe, sem subjetividade. Busca-se fazer uma reflexão substantiva que depende da formação do corpo para a atribuição de pessoalidade, contrastando tal "fato etnográfico" com as discussões teóricas que indicam um processo de antecipação sistemática da atribuição de pessoalidade, possibilitado pelo avanço das tecnologias reprodutivas.

ASSUNTO(S)

pessoa indivíduo substância embrião prematuro uti neonatal

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