O IMPACTO DA INTERVENÇÃO COGNITIVA NOS SINTOMAS COGNITIVOS E NA QUALIDADE DE VIDA NA DOENÇA DE PARKINSON IDIOPÁTICA: UM ESTUDO RANDOMIZADO E CONTROLADO
AUTOR(ES)
Sousa, Nariana Mattos Figueiredo; Neri, Ana Cristina da Mata; Brandi, Ivar Viana; Brucki, Sonia Maria Dozzi
FONTE
Dement. neuropsychol.
DATA DE PUBLICAÇÃO
2021-03
RESUMO
RESUMO. A falta de evidência de tratamentos farmacológicos, especificamente para pacientes com comprometimento cognitivo leve na doença de Parkinson (CCL-DP), leva à implementação de abordagens alternativas, incluindo a reabilitação cognitiva. Objetivo: Determinar o impacto do treino cognitivo (TC) em medidas cognitivas e da qualidade de vida em pacientes com DP, que participavam de um programa de reabilitação neurológica hospitalar. Métodos: Total de 39 indivíduos com CCL-DP, de acordo com a Sociedade de Distúrbios do Movimento, foram distribuídos aleatoriamente em dois grupos: experimental e controle, pareados por características demográficas e clínicas. Ambos os grupos foram avaliados quanto à cognição e qualidade de vida no início do estudo e ao final do protocolo de intervenção. Os seguintes instrumentos foram utilizados para avaliar a cognição e a qualidade de vida: Exame Cognitivo III de Addenbrooke, teste de dígitos, TMT (A e B) e questionário de qualidade de vida da doença de Parkinson. O grupo experimental foi submetido ao treino cognitivo, ao passo que o grupo controle passou por atividades do programa de reabilitação. Resultados: Não foram encontradas diferenças na avaliação basal. A análise intergrupo mostrou diferenças em medidas, como escore total (1,977, p=0,0480) e domínio visuoespacial (-2,636, p=0,0084) da ACE-III, tendo o grupo experimental melhor desempenho, além de desempenho superior em TMT-B erros (-1,928, p=0,0439). A análise intragrupo revelou que o grupo experimental mostrou melhora significativa em quase todas as variáveis cognitivas, assim como na percepção de qualidade de vida (escore total e dimensões de mobilidade, atividades da vida diária e desconforto corporal). Conclusões: O envolvimento em atividades cognitivas foi associado a melhores habilidades cognitivas em pacientes com CCL-DP. Estudos futuros devem considerar o efeito a longo prazo desse tipo de intervenção e o impacto nas atividades funcionais.
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