O Graffitour da 13: um percurso estético, político e histórico por Medellín

AUTOR(ES)
FONTE

Vibrant, Virtual Braz. Anthr.

DATA DE PUBLICAÇÃO

22/10/2018

RESUMO

Resumo Pensar as bordas da metrópole para além das representações associadas à precariedade e à criminalidade supõe reconhecer a abundância e a vitalidade de práticas e produções estéticas que estão reconfigurando os discursos sobre as periferias. Tanto no Brasil quanto em outros países latino-americanos, a emergência e a difusão de linguagens produzidas nas “margens” das cidades colocam em questão o dualismo centro/periferia - relativizando a existência de fronteiras fixas, ao tempo que propõem outras formas de narrar diferentes experiências coletivas. Tido comumente como um produto periférico, o graffiti se constitui numa linguagem artística que dá conta da multiplicidade de agências existentes nas bordas metropolitanas. Na cidade de Medellín, na Colômbia, diferentes grupos conformados principalmente por jovens das bordas vêm assumindo o graffiti e o hip hop como recurso para entender, narrar e se distanciar das violências que os atravessam. Uma amostra significativa desse tipo de experiências coletivas é a proposta do Graffitour, um percurso “estético, político e histórico” organizado pelo Centro Cultural Casa Kolacho na Comuna 13. A partir do pressuposto de que o Graffitour transcende a simples representação da periferia medellinense e se constitui numa forma de organização cultural e política para falar das violências que se presentam na cidade, este trabalho relata a experiência de ter realizado esse percurso pela Comuna 13. Nesse sentido, objetiva refletir sobre a forma como são produzidos discursos sobre as bordas metropolitanas na contemporaneidade e sobre o papel das manifestações artísticas urbanas na interpretação da violência e na construção da memória social.

ASSUNTO(S)

periferias urbanas graffitour memória social medellín

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