O feminino e o final de análise: vicissitudes do ideal do eu no trabalho de uma análise
AUTOR(ES)
Mees, Lúcia Alves; Poli, Maria Cristina
FONTE
Ágora (Rio J.)
DATA DE PUBLICAÇÃO
2020-08
RESUMO
RESUMO: Partindo de duas vertentes diversas o tema do gozo e da sexuação e o final da análise e liquidação da transferência - pretendemos aproximá-las através da noção de destituição subjetiva, decorrente do fim do tratamento e subentendida na acepção de ausência de um significante que nomeie o feminino. Os conceitos de traço unário e de ideal do eu ligam os dois escopos conceituais citados, permitindo abordar os desdobramentos da transferência em análise e aquilo que é não-todo na sexuação. Conclui-se que a destituição subjetiva, que produz um analista ao final da análise, assemelha-se à posição feminina: sem o falo como resposta identificatória ao Outro e sem o nome/traço que faria contar o sujeito e agrupá-lo em um coletivo. É o significante da falta do Outro [S(Ⱥ)] que permitirá ao analista, tendo concluído sua análise, abrir mão de sua condição de sujeito ao dirigir uma cura.
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