O espinosismo é uma forma de educação libertária?

AUTOR(ES)
FONTE

Educ. Pesqui.

DATA DE PUBLICAÇÃO

18/04/2019

RESUMO

Resumo O artigo pretende discutir se a filosofia de Bento de Espinosa pode ou não ser estimada como uma forma de educação libertária. Espinosa, pensador do século XVII, colocou a liberdade humana como o grande problema ético e político de sua obra. As pedagogias contemporâneas, tidas como libertárias, emergiram no século XIX e propuseram uma forma de educação que primou pelo cultivo da liberdade da criança e pela liberdade de ensino do professor. A partir do aprofundamento da investigação bibliográfica sobre essa similaridade temática geral entre os libertários e a filosofia espinosana, conclui-se que o espinosismo pode ser entendido como uma forma de educação libertária, na medida em que seus escritos concordam e fundamentam (do ponto de vista filosófico) teses válidas para esse tipo de prática, impulsionado por educadores como Paul Robin, Sébastien Faure, Franscesc Ferrer, entre outros. A argumentação do trabalho leva em conta os respectivos contextos históricos nos quais as teorias em questão foram criadas e envolve, por sua natureza, dimensões históricas e filosóficas da educação.Abstract The present article intends to discuss whether the philosophy of Benedict de Spinoza may be regarded as a form of libertarian education. Spinoza, a thinker of the seventeenth century, placed human freedom as the great ethical and political problem of his work. Contemporary pedagogies, which are seen as libertarian, emerged in the nineteenth century and proposed a form of education that stood out for fostering children’s freedom, as well as teachers’ freedom of teaching. By conducting in-depth bibliographical research on this general thematic similarity between libertarians and the Spinozan philosophy, we conclude that Spinozism can be seen as a form of libertarian education in that its writings agree with and provide foundations (from a philosophical viewpoint) to theses that are valid for this type of practice, as advocated by educators such as Paul Robin, Sébastien Faure and Franscesc Ferrer, among others. Our arguments take into account the historical contexts in which the theories in question were created, and involve, by their nature, the historical and philosophical dimensions of education.

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