"O espelho": superfície e corrosão

AUTOR(ES)
FONTE

Machado Assis Linha

DATA DE PUBLICAÇÃO

2013-06

RESUMO

Em "O espelho", a personagem principal toma as rédeas da narração e explica, valendo-se do exemplo de um episódio de sua própria vida, sua ambiciosa teoria a respeito das "duas almas". O pragmatismo autoritário da narração serve, entretanto, para comprovar uma perspectiva monista: a "alma exterior" termina absorvendo a "alma interior", de modo que a identidade do sujeito depende totalmente do "olhar que vem de fora". Assim, nós seríamos identificáveis apenas por meio daquilo que exteriorizamos. Através desta perspectiva funcionalista, a alma funde a si mesma com o status do indivíduo, e a interioridade do sujeito se expressa tão somente por meio de uma vaga acidez crítica, na qual se ancora a frágil consciência irônica.

ASSUNTO(S)

"o espelho" narrativa de primeira pessoa sujeito psicologia ironia

Documentos Relacionados