O erro corrigível e a ilusão inevitável na crítica da razão pura de Kant

AUTOR(ES)
DATA DE PUBLICAÇÃO

2008

RESUMO

O propósito deste trabalho é examinar o problema do erro e da ilusão transcendental na Crítica da Razão Pura de Kant. Seguiremos as indicações do próprio Kant, que faz uma clara distinção entre erro e ilusão e o caráter próprio de cada um, em que o primeiro é corrigível enquanto o segundo é inevitável. Analisaremos em um primeiro momento o estatuto do erro, isto é, as fontes positivas do erro, em que o entendimento é desviado de seu reto agir por uma dupla influência despercebida: da imaginação e da sensibilidade. Tais influências conduzem o entendimento a confundir os princípios subjetivos e objetivos do conhecimento, ou seja, a tomar os primeiros como se fossem capazes de por si produzir conhecimento objetivo. No segundo momento analisamos a questão da ilusão transcendental, através da idéia de Deus, mostrando como se dá a passagem de uma busca natural da razão, a da totalidade de todo conhecimento (o incondicionado) para uma ilusão dialética: a certeza de que conhece o ens realissimum (Deus) como ser necessariamente real e existente. Por fim, tentamos demonstrar que contribuições à metafísica pode trazer essa discussão entre erro corrigível e ilusão inevitável, uma vez que a ilusão não configura nenhum erro, mas pode conduzir a ele.

ASSUNTO(S)

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