O efeito da restrição aguda de sono e do labirinto em cruz elevado na geração do estresse oxidativo sistêmico e cerebral em ratos

AUTOR(ES)
FONTE

IBICT - Instituto Brasileiro de Informação em Ciência e Tecnologia

DATA DE PUBLICAÇÃO

19/02/2010

RESUMO

O objetivo deste estudo foi investigar a capacidade da restrição de sono (RS) gerar estresse oxidativo (EO) no cérebro e no sangue de ratos submetidos à restrição de sono por 72 horas, avaliar a influência do teste do labirinto em cruz elevado (LCE) na geração do EO sistêmico e cerebral e verificar o comportamento do rato dentro do LCE. Foram utilizados 64 ratos Wistar macho com peso entre 200g ? 250g. Para os testes os animais foram divididos em quatro grupos: controle, LCE, RS e RS submetido ao LCE. Após os experimentos os ratos foram imediatamente sacrificados e realizados as análises de estresse oxidativo com as amostras de cérebro e sangue coletadas. O teste do LCE mostrou que a RS não gerou ansiedade nos ratos, mas prejudicou sua atividade motora (t [30] = 2,362; p=0,02). A lipoperoxidação do cérebro dos ratos indica que os animais submetidos ao LCE por 5 minutos foram os que apresentaram maior lesão oxidativa (p<0,0001). Em contrapartida, os ratos RS aparentemente não sofreram lipoperoxidação de suas estruturas celulares. Os níveis de TRAP e GSH no cérebro não apresentaram diferenças significativas entre os grupos. E o nível de nitrito cerebral não foi alterado por 72h de RS. No entanto os animais que passaram pelo teste do LCE durante 5 minutos apresentaram uma redução das concentrações de NO neste tecido (p<0,006). Sistemicamente a QL induzida por t-butil mostra que o grupo que apresentou maior lipoperoxidação foi os que sofreram a RS por 72h. Em contrapartida, 5 minutos no LCE também foram suficientes para que ocorresse o ataque de espécies reativas de oxigênio. Já a lipoperoxidação do plasma mostra novamente que o teste do LCE sozinho gerou maior estresse oxidativo em relação aos outros grupos. Sistemicamente a capacidade antioxidante total não foi alterada pela RS por 72h. A análise da concentração de GSH das hemácias mostra que o teste do LCE por 5 minutos elevou seu nível no sangue dos ratos submetidos ao LCE. A análise da produção de NO plasmático revela que o grupo LCE apresentou maior síntese de NO (p<0,003) e que a RS não alterou as concentrações de NO no plasma dos ratos. Estes resultados revelam que tanto a RS quanto o LCE gera estresse oxidativo em diferentes proporções dependendo do tecido analisado. No cérebro apenas o LCE provocou lesões oxidativas, entretanto, quando o sangue do animal é analisado, tanto a RS quanto o LCE geraram estresse oxidativo nas hemácias e no plasma, evidenciando um estresse sistêmico.

ASSUNTO(S)

sono - privação labirintos em cruz estresse oxidativo - Ánalise animais - comportamento rato como animal de laboratório sleep deprivation animals behavior

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