O efeito da exposição passiva à fumaça de tabaco em complicações respiratórias no perioperatório e a duração da recuperação

AUTOR(ES)
FONTE

Rev. Bras. Anestesiol.

DATA DE PUBLICAÇÃO

2016-10

RESUMO

Resumo Justificativa: A incidência de complicações respiratórias no perioperatório e o tempo em sala de recuperação pós-anestesia no pós-operatório em pacientes com exposição passiva à fumaça de tabaco foram avaliados de acordo com o grau de exposição. Métodos: Foram avaliados 270 pacientes entre 18-60 anos, estado físico ASA I ou II, passivamente expostos e não expostos à fumaça de tabaco, submetidos à anestesia geral para vários procedimentos cirúrgicos eletivos. Os pacientes foram divididos em dois grupos: passivamente expostos e não expostos à fumaça de tabaco. Aqueles com exposição passiva à fumaça também foram divididos em dois grupos de acordo com o grau de exposição. Os pacientes enviados à sala de recuperação pós-anestesia (SRPA) no fim da cirurgia foram monitorados até atingir 9 ou mais no escore modificado de Aldrete. As complicações respiratórias foram avaliadas e registradas nos períodos intraoperatório e pós-operatório. Resultados: Foram incluídos 251 pacientes, dos quais 63 (25,1%) apresentaram complicações respiratórias, 11 (4,4%) complicações no intraoperatório e 52 (20,7%) complicações no pós-operatório. Houve relação significativa entre a exposição passiva à fumaça de tabaco e a alta incidência de complicações respiratórias no perioperatório e pós-operatório. O risco de complicação como tosse, dessaturação e hipersecreção aumentou de acordo com o grau de exposição. Houve relação significativa entre o grau de exposição passiva à fumaça e o tempo de permanência em SRPA. Conclusão: Os pacientes com exposição passiva à fumaça de tabaco apresentaram altas taxas de complicações respiratórias no perioperatório e prolongamento da permanência em SRPA, em comparação com os pacientes não expostos.

ASSUNTO(S)

fumaça de tabaco fumante passivo complicação respiratória

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