O efeito da diversificação no valor das empresas listadas em bolsa no Brasil

AUTOR(ES)
FONTE

RAM. Revista de Administração Mackenzie

DATA DE PUBLICAÇÃO

2012-02

RESUMO

Neste trabalho, verificam-se evidências de que a diversificação e o valor das empresas são negativamente relacionados. O trabalho segue a metodologia utilizada por Lang e Stulz (1994) e tem como objetivo determinar se o valor de mercado das firmas brasileiras é correlacionado com seu grau de diversificação de seus negócios ou de sua carteira de negócios. Os resultados indicam que a relação negativa é observada para diferentes métricas de diversificação e se mantém mesmo quando se controla o efeito de outras variáveis conhecidas por influenciar o valor das empresas, a saber: investimentos, endividamento, rentabilidade e tamanho da empresa. Além disso, assim como empresas especializadas, as empresas pouco e altamente diversificadas também possuem um valor elevado, medido pelo Q de Tobin. Por fim, dois resultados novos trazidos por este trabalho são o indício de que a diversificação em segmentos mais relacionados apresenta um efeito menos negativo do que a diversificação em segmentos distintos e o fato de a correlação da diversificação com o valor da empresa ser positiva em tempos de crise econômica. A implicação desse resultado é que as empresas que não têm um posicionamento claro em relação à decisão de diversificação tendem a ter um desempenho pior que as demais e que, em momento de crise, as empresas mais diversificadas possuem um fluxo de rendimentos de menor risco. A limitação do trabalho é o fato de que a análise pode ter sido prejudicada porque a maioria das empresas brasileiras atua em segmentos extremamente relacionados. Isso pôde ser observado pela altíssima média do índice Herfindahl, ainda que ajustado para considerar apenas segmentos não correlacionados.

ASSUNTO(S)

diversificação q de tobin valor da empresa determinantes de valor relação entre segmentos

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