O Diabo são os outro : a relação entre critico e criticado em três momentos históricos do teatro brasileiro

AUTOR(ES)
DATA DE PUBLICAÇÃO

2004

RESUMO

Por cerca de dois anos trabalhei nas editorias de cultura dos jornais Diário Catarinense e A Notícia, ambos de Santa Catarina. Durante este período pude perceber o descrédito dos artistas de teatro para com a imprensa. A reclamação era quase generalizada sobre o espaço dado ao teatro nos jornais. A imprensa, segundo os artistas, dava pouca atenção a esta forma de arte, mas o maior problema era com a crítica teatral. Esta percepção se tornava mais estranha, já que naquela época (1992) não havia críticos teatrais em Santa Catarina. Quase como algo atávico, os que lidavam com o teatro reclamavam da crítica nacional, sendo que muitos daqueles nunca tinham tido seus espetáculos analisados por críticos. Desta forma, ao fazer minha monografia de especialização1 pesquisei qual a origem das divergências que ocorriam entre artistas e críticos. O meu maior questionamento foi acerca das razões do desentendimento entre os profissionais de teatro com relação ao trabalho realizado pela crítica teatral. Percebi que o que havia, naquele momento, virado preconceito, pelo menos por parte dos não-criticados, não podia ser analisado de forma geral. Sendo assim, neste trabalho busquei três casos-modelo, com razões de conflitos diferenciados para buscar melhor compreender os desentendimentos entre a classe teatral e a crítica de teatro. Os casos escolhidos foram: a saída de Décio de Almeida Prado de sua função de crítico, em 1968, depois que artistas devolveram os prêmios Saci em protesto à postura do jornal O Estado de S.Paulo em relação à censura; o embate entre José Celso Martinez Corrêa e Sábato Magaldi devido à análise do crítico ao espetáculo Gracias, Señor e o conflito entre Bárbara Heliodora e Gerald Thomas, após a primeira haver dito que ele não era bom autor, em 1993.

ASSUNTO(S)

crítica teatral teatro teatro

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