O desenvolvimento da autonomia em adolescentes com síndrome de Down a partir da pedagogia de Paulo Freire
AUTOR(ES)
Cerrón, Mariana Munhoz; Mayer, Fernanda Brenneisen; Arantes-Costa, Fernanda Magalhães; Tempski, Patrícia Zen
FONTE
Ciênc. saúde coletiva
DATA DE PUBLICAÇÃO
2021-08
RESUMO
Resumo A autonomia é um processo que nos capacita a compreender e agir sobre nós mesmos e sobre o ambiente. Na adolescência, transformações resultam no desenvolvimento da autonomia. Adolescentes com Síndrome de Down (ASD) têm limitações percepto-cognitivas e poucas oportunidades para aquisição de autonomia. Analisamos o desenvolvimento da autonomia em um grupo terapêutico de Terapia Ocupacional, com díades de ASD e seus principais cuidadores. A análise dos materiais documentais produzidos no processo terapêutico apontou quatro categorias de análise: autopercepção, percepção do outro, vivência compartilhada e mudança de atitude. Os resultados mostram relações simbióticas entre a díade, que dificultam o processo de individuação e limitam as oportunidades para realização das atividades de modo independente. O processo terapêutico baseado na pedagogia freiriana mobilizou de uma consciência ingênua para crítica, acarretando mudanças nas atitudes dos cuidadores em relação à identificação de potenciais e aceitação de limitações próprias e do ASD cuidado. Essa simbiose dificulta o processo de individuação e o acesso a experiências necessárias para o desenvolvimento de autonomia. O processo terapêutico pode modificar as atitudes dos cuidadores e propiciar continuidade do desenvolvimento e autonomia.
Documentos Relacionados
- Pedagogia da Autonomia - Freire
- Equilíbrio dinâmico em adolescentes com Síndrome de Down e adolescentes com desenvolvimento típico
- Por uma pedagogia da autonomia: Bakhtin, Paulo Freire e a formação de leitores autorais
- A pedagogia de Paulo Freire: questões epistemologicas
- Autonomia em Paulo Freire e educação indígena