O COMEÇO E O FIM DO MUNDO: estigmatização e exclusão social de internos da colônia do Bonfim / THE BEGINNING AND THE END OF THE WORLD: stigma and social exclusion of internal colony of Bonfim

AUTOR(ES)
DATA DE PUBLICAÇÃO

2009

RESUMO

A presente dissertação analisa os aspectos sociais, políticos e estigmatizadores relacionados com o isolamento compulsório de homens, mulheres e crianças contaminados pela lepra (Mycobacterium leprae) no asilo-colônia do Bonfim, em São Luís, entre os anos de 1937 e 1965. Trata dos problemas relacionados com o cotidiano dos portadores dessa enfermidade no interior dessa instituição asilar e os impactos produzidos em suas vidas. Analisa, ainda, em que medida a construção social da lepra enquanto um problema de saúde pública e a institucionalização do isolamento compulsório do doente contribuíram para a estigmatização e a exclusão social de milhares de indivíduos em todo país e particularmente no Maranhão. Considera-se que estavam envolvidas naquelas medidas que preconizavam o isolamento, disputas de poder baseadas em saberes sobre a doença e o doente, fundamentadas num projeto civilizador e de modernização do país que inscreviam no corpo dos enfermos o signo da ameaça à coletividade.

ASSUNTO(S)

estigma lepra papeis e estruturas sociais; individuo colônia do bonfim stigma leprosy compulsory isolation isolamento compulsório colônia do bonfim

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