O cinema em transe: a percepção cinematográfica à luz das metáforas do autômato e dos fenômenos da dissociação / The cinema in trance: the cinematographic perception through the metaphors of the spectator and by dissociation phenomenon

AUTOR(ES)
DATA DE PUBLICAÇÃO

2006

RESUMO

Os poderes hipnóticos e sensoriais do cinema foram encenados em vários filmes e teorizados, de diferentes modos, por diversos pensadores e cineastas. Desde seu início, o cinema tem sido assombrado por vampiros, fantasmas, duplos, sonâmbulos, loucos e alucinados que metaforizam a experiência espectatorial e suas metamorfoses. A partir deste tema, o trabalho consiste em discutir as relações entre cinema e percepção através de uma analise das metáforas do espectador como autômato e da experiência cinematográfica como fenômeno dissociativo, ligada à hipnose, a alucinação e a telepatia. Para investigar estas conexões, parte-se de um estudo da modernização da percepção e do espetáculo ocorridos na sociedade industrial. Neste contexto, a imaginação cinematográfica esteve vinculada ao imaginário óptico de um modo ambíguo: por um lado, com a automatização da percepção através dos atos reflexos propagados pelos choques espaço-temporais da modernidade; e por outro, com a emergência de uma cultura espectral que fez a imagem técnica dialogar com os debates psicofísicos acerca dos fenômenos da dissociação e com a imaginação fantástica da segunda metade do Século XIX. A partir deste quadro as metáforas do autômato e dos fenômenos dissociativos servirão como instrumentos teóricos para a análise de alguns filmes que abordam as transformações do dispositivo cinematográfico sob o de novas tecnologias, processos de automação e demandas perceptivas.

ASSUNTO(S)

artes modernização da percepção teoria do cinema autômato spectacle automata cinema theory modernization of perception dissociation espetáculo dissociação.

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