O cafe e a urbanização no Espirito Santo : aspectos economicos e demograficos de uma agricultura familiar

AUTOR(ES)
DATA DE PUBLICAÇÃO

1992

RESUMO

Nesta dissertação procurou-se expor um tipo de urbanização fraca e dispersa, que vigorou no Estado do Espírito Santo até meados da década de sessenta: fraca porque a maioria da população residia e produzia no campo, onde se realizava a quase totalidade da produção material que dava sustentação à tímida vida urbana; dispersa, porque, a despeito de a Capital concentrar parte significativa e crescente da população urbana, ao longo de praticamente um século os núcleos urbanos nasceram e se fizeram presentes por quase todo o Estado, seguindo e dando suporte à expansão cafeeira. Ou seja, um tipo de urbanização produzido por um padrão de desenvolvimento da cafeicultura que, por estar organizado à base da pequena produção familiar quase auto-suficiente, não logrou organizar-se sob a forma de um complexo econômico, em decorrência do que foi restringido o avanço da divisão social do trabalho e não se desenvolveram, conseqüentemente, os mercados de trabalho e de produtos. Um tipo de urbanização que teve iniciada a sua desestruturação por conta dos limites (sobretudo limitação de terras apropriadas) que a cafeicultura em bases familiares passou a enfrentar no segundo pós-guerra, limites potencializados pela presença das atividades portuárias da Companhia Vale do Rio Doce, pelo desenvolvimento urbano e industrial nos Estados do centro-sul e pela complementar idade inter-regional que aprofundava-se então na economia brasileira. Foi exatamente este padrão específico de cafeicultura e atividade econômica responsável pela formação e desenvolvimento de quase todos os núcleos urbanos existentes no Estado do Espírito Santo em 1960

ASSUNTO(S)

agricultura e estado - espirito santo (estado) urbanização - espirito santo (estado)

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