O benevolente e a “vítima” na prostituição: Poder e violência simbólica em interações entre prostitutas e a Pastoral da Mulher Marginalizada

AUTOR(ES)
FONTE

Sex., Salud Soc. (Rio J.)

DATA DE PUBLICAÇÃO

2017-12

RESUMO

Resumo O artigo aborda o papel de organizações dedicadas ao “resgate” de prostitutas no Brasil, cujas práticas quase artesanais de assistência são assumidas principalmente por organizações religiosas. Tais organizações imaginam-se como sujeitos benevolentes, enquanto constroem as prostitutas necessariamente como “vítimas”. A partir de pesquisa etnográfica, analisa-se a desigualdade de poder e a violência simbólica que permeiam as relações entre prostitutas e integrantes de uma organização da Igreja Católica - a Pastoral da Mulher Marginalizada. O processo de subalternização de prostitutas mostra desacordos entre o discurso e as práticas mediante os quais essa organização pretende mudar a vida das mulheres sujeitas às suas intervenções, particularmente através do procedimento de deixá-las falar, mas sem ouvi-las, ou de silenciá-las.

ASSUNTO(S)

prostituição pastoral resgate violência simbólica

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