O batismo de terra, ou Yaka, um romance polifônico
AUTOR(ES)
Miranda, Maria Geralda de
FONTE
Bakhtiniana, Rev. Estud. Discurso
DATA DE PUBLICAÇÃO
2013-06
RESUMO
Pretende-se com este estudo verificar o "jogo" discursivo polifônico presente no romance Yaka, do escritor angolano, Pepetela, a partir da observação do modo pelo qual os discursos dos narradores são elaborados, formando o todo romanesco. O objetivo não é apenas tentar compreender como as diferentes vozes dialogicamente constituídas colaboram para o acesso ao conteúdo e/ou significados da obra, mas como esse conteúdo é apresentado e significa para o leitor. Para tanto, serão analisados as vozes dos narradores e o discurso da personagem "Yaka" (estátua que, além de obra de arte africana, se apresenta como objeto mágico e dá título ao romance). Na tentativa de "desvendar" o emaranhado de discursos tecidos pelo autor, buscar-se-á, a partir dos conceitos de polifonia e dialogismo empreendidos por Bakhtin e o Círculo, embasar a leitura da obra, ambientada em Angola, durante quatro gerações de uma família de colonos portugueses. Tal abordagem crítica não exclui obviamente a análise da rede histórico-ficcional do romance, nem a análise de seu conteúdo político-ideológico.
ASSUNTO(S)
polifonia dialogia discurso romance pepetela
Documentos Relacionados
- O Meças, de Rentes de Carvalho: romance polifónico sobre Portugal
- TERRA, LUA OU MARTE QUAL SERÁ A MELHOR OPÇÃO DE SE VIVER?
- Role for YakA, cAMP, and Protein Kinase A in Regulation of Stress Responses of Dictyostelium discoideum Cells
- Sabe... o céu é enorme, o céu não tem fim: mas a terra, a terra tem fim
- Juventude e reforma agrária: o caso do Assentamento Rural Paz na Terra, RJ.