O Agôn das Forças: lembrança e esquecimento no primeiro Nietzsche. / The agony of Forces: remembering and forgetting in Nietzsche first.

AUTOR(ES)
FONTE

IBICT - Instituto Brasileiro de Informação em Ciência e Tecnologia

DATA DE PUBLICAÇÃO

30/03/2009

RESUMO

Esta pesquisa analisa o constante jogo de forças que habitam a memória, a saber: a lembrança e o esquecimento, à luz da produção filosófica inicial de Nietzsche. A hipótese principal deste trabalho sustenta que a memória é uma faculdade seletiva e, portanto, redutora da realidade, donde se conclui que o trabalho dela é lembrança, mas, ao mesmo tempo, esquecimento. Pois, se a nenhum homem é permitido recuperar a totalidade dos fatos históricos, o olhar retrospectivo não pode olhar sem esquecer. Nesse sentido, a primazia do tema, reside em apresentarmos os constantes jogos da memória, como modus de expressão do pensamento de Nietzsche, fundamento inclusive para o desenvolvimento de seus conceitos tardios. Assim, pensamos ser esta faculdade seletiva o lugar onde habitam as forças, que, com seu agôn permanente, marcam a importância da lembrança e do esquecimento para o desenvolvimento da história e da vida. Dessa forma, defendemos essa formulação, por acreditarmos ser a memória o órgão regulador por onde transitam esses quanta de força. No entanto, com a ressalva de não aludirmos aqui a um reducionismo biológico, ou, mesmo trabalharmos com a hipótese que esteja relacionada a uma teoria mecanicista do homem, pois, é nossa intenção, estabelecermos uma perspectiva que aponta ser o humano uma espécie de microcosmos diante do seu estado macro dimensionado, idéia que só poderá encontrar sustentação, concebendo o maior de todos os valores, como um permanente jogo de apropriação e confronto, notoriamente marcado sob os domínios da vontade de potência.

ASSUNTO(S)

lembrança memória esquecimento agôn vontade de potência filosofia memory recollection forgetfulness agôn purpose of potency

Documentos Relacionados