O adoecimento masculino: um sofrimento social silenciado

AUTOR(ES)
DATA DE PUBLICAÇÃO

2005

RESUMO

A dissertação refere-se ao estudo sobre o adoecer do sexo masculino como uma forma de sofrimento social silenciado, tendo como pressuposto que os traços da herança patriarcal seja um dos fatores desencadeadores. É um estudo de caráter ilustrativo e exploratório com a finalidade de ampliar o debate sobre o processo de adoecer do homem brasileiro contemporâneo, sinalizando para a necessidade de políticas públicas direcionadas à saúde masculina. O estudo foi desenvolvido mediante o uso de técnicas quantitativas e qualitativas de pesquisa. Com base no banco de dados do DATASUS foi possível apresentar o panorama nacional sobre as causas mais freqüentes do adoecer e da morte do sexo masculino no ano de 2000. A partir dessas informações os sujeitos foram eleitos e convidados a participar da pesquisa dando depoimentos que foram gravados, transcritos e discutidos. Nessas entrevistas procuramos identificar a relação entre suas falas e os traços da herança patriarcal no universo cultural masculino. A investigação quantitativa demonstrou que a maior incidência de morte é decorrente de causas externas, sendo a agressão a maior causa de morte e doença de homens na faixa etária de 20 a 39 anos. Outra informação importante refere-se aos dados sobre os transtornos mentais e de comportamento como provocadores de doenças e morte em homens na faixa etária de 30 a 49 anos. Os depoimentos orais evidenciaram as estratégias, alicerçadas nos traços da herança patriarcal desenvolvidas, pelos homens e o quanto de sofrimento social silenciado está presente nesta maneira de enfrentar a relação entre a saúde e a doença. Foram entrevistados três sujeitos e suas falas são expressivas da necessidade de políticas públicas direcionadas à saúde do homem.

ASSUNTO(S)

homem fundamentos do servico social sofrimento social morbidade masculina mortalidade masculina doença - aspectos sociais adoecimento masculino

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