Número, tipo e topografia dos pontos de vazamento em pacientes com coriorretinopatia serosa central

AUTOR(ES)
FONTE

Arquivos Brasileiros de Oftalmologia

DATA DE PUBLICAÇÃO

2005-06

RESUMO

OBJETIVO: Avaliar o número, forma e topografia dos pontos de vazamento em pacientes com coriorretinopatia serosa central (CRSC). MÉTODOS: Foram avaliados exames de angiografia fluoresceínica realizados utilizando o sistema digital Imagenet e selecionados os casos com diagnóstico de CRSC. Foram excluídos os casos em remissão e os exames referentes a um mesmo episódio. O autor preencheu fichas contendo o número do prontuário, iniciais, sexo, idade, data do exame e características do ponto de vazamento (número, localização e tipo) dos casos selecionados. RESULTADOS: Foram incluídos 418 pacientes (455 olhos), com uma relação homem:mulher de 2,32:1, sendo que 91,15% dos pacientes apresentaram a doença unilateralmente e 8,85%, bilateralmente. A idade variou de 19 a 68 anos, com média de 43,04 anos. Dos 455 olhos acometidos, 88,35% apresentaram a forma típica de CRSC, enquanto 10,11% a descompensação do epitélio pigmentário da retina (DEPR) e 1,54% com descolamento isolado do epitélio pigmentário da retina (EPR). Entre os casos de CRSC típica, observaram-se 88,81% dos pontos de vazamento em "mancha de tinta" e 11,19% em "chaminé". O quadrante nasal superior foi o mais acometido, abrigando 46,01% dos pontos de vazamento, seguido pelo temporal superior (23,27%), nasal inferior (19,18%), temporal inferior (11,01%) e região subfoveal (0,53%). CONCLUSÕES: Na nossa casuística, a CRSC acometeu aproximadamente duas vezes mais homens que mulheres, na maior parte das vezes unilateralmente e em pacientes da 4ª década de vida. Cerca de 90% dos pacientes apresentaram a forma típica da doença, com 1 ou 2 pontos de vazamento em "mancha de tinta". O quadrante nasal superior foi o mais acometido. O descolamento isolado do EPR mostrou-se apresentação rara. Cerca de 10% dos pacientes apresentaram descompensação do EPR.

ASSUNTO(S)

doenças da coróide doenças da coróide incidência angiofluoresceinografia diagnóstico por imagem

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