Novas considerações sobre o mecanismo do bloqueio pupilar
AUTOR(ES)
Cronemberger, Sebastião, Calixto, Nassim, Andrade, André Oliveirade, Mérula, Rafael Vidal
FONTE
Arquivos Brasileiros de Oftalmologia
DATA DE PUBLICAÇÃO
2010-02
RESUMO
OBJETIVO: Investigar o mecanismo do bloqueio pupilar em olhos com fechamento angular primário agudo ou intermitente por meio da biomicroscopia ultrassônica. MÉTODOS: Inicialmente, fez-se estudo piloto de 13 olhos com fechamento angular primário agudo sem medicação. Medimos pela biomicroscopia ultrassônica, no claro e no escuro, a amplitude do seio camerular, a profundidade da câmara posterior e a espessura da íris no quadrante temporal. Posteriormente, avaliamos pela biomicroscopia ultrassônica 32 olhos com fechamento angular primário agudo ou fechamento angular intermitente sem medicação, no claro e no escuro e antes e após iridectomia periférica. Medimos a distância de contato irido-cristaliniano e o ângulo irido-cristaliniano no quadrante temporal e a profundidade central da câmara anterior. RESULTADOS: No estudo piloto, demonstrou-se com significância estatística redução da amplitude do seio camerular e aumento da espessura iriana quando se passou do claro para o escuro. Antes e após a iridectomia periférica, foram encontradas diferenças estatisticamente significativas na distância de contato irido-cristaliniano (p<0,001) e no ângulo irido-cristaliniano (p<0,001) ambos no claro e no escuro. Foram encontradas diferenças, estatisticamente significativas, no claro e no escuro, antes da iridectomia periférica no ângulo irido-cristaliniano (p=0,005) e, após a iridectomia periférica na distância de contato irido-cristaliniano (p<0,001). Nenhuma diferença significativa ocorreu na profundidade central da câmara anterior. CONCLUSÕES: A diminuição da amplitude do seio camerular correspondeu somente ao aumento da espessura da íris. Após a iridectomia periférica, os olhos com fechamento angular primário agudo ou fechamento angular intermitente apresentaram, com significância estatística, aumento da distância de contato irido-cristaliniano e diminuição do ângulo irido-cristaliniano. A profundidade central da câmara anterior não se alterou. Esses achados contradizem a teoria de que o fechamento angular primário agudo ou fechamento angular intermitente ocorre por bloqueio pupilar.
ASSUNTO(S)
glaucoma de ângulo fechado microscopia câmara anterior cristalino Íris
Documentos Relacionados
- Influência da procainamida sobre o bloqueio neuromuscular produzido pelo rocurônio e investigação sobre o mecanismo de ação da procainamida na junção neuromuscular
- Novas considerações sobre a síndrome de Duane
- Mecanismos de fechamento angular sem bloqueio pupilar: análise de prevalência e resultados terapêuticos
- Etnias de africanos na diáspora: novas considerações sobre os significados do termo 'mina'
- Emigração e exílio, novas abordagens nos estudos migratórios: considerações sobre o artigo de Sylvie Aprile