Nova cânula orofaríongea de duplo lúmen para sedação em ecocardiografia transesofágica: série de casos

AUTOR(ES)
FONTE

Rev. Bras. Anestesiol.

DATA DE PUBLICAÇÃO

2020-04

RESUMO

Resumo Introdução: Nos dias atuais, exames de ecocardiografia transesofágica (ETE) são realizados de forma frequente sob sedação em regime ambulatorial. A sedação está relacionada com aumento de intercorrências nas vias aéreas. Dentro desse contexto, desenvolvemos uma cânula orofaríngea de duplo-lúmen com finalidade de manutenção da via aérea pérvia, reduzindo riscos aos pacientes durante procedimentos endoscópicos sob sedação. O principal objetivo do nosso estudo foi avaliar a incidência de dessaturação em uma série de casos de pacientes adultos submetidos a ETE ambulatorial sob sedação com o uso da cânula orofaríngea. Métodos: Foram avaliados 30 pacientes sedados com midazolam e propofol intravenoso. A cânula foi inserida após perda da consciência e os pacientes foram mantidos com ventilação espontânea. Analisados saturação de oxigênio, capnometria, frequência cardíaca e pressão arterial não invasiva, além de dados subjetivos: patência das vias aéreas, manuseio e inserção da cânula e conforto ao examinador. Resultados: A incidência de dessaturação leve foi de 23.3% e não houve dessaturação grave em nenhum caso. A inserção da cânula orotraqueal foi considerada fácil em 29 pacientes (96,6%) e o manuseio da sonda de ETE foi adequada em 93,33% dos exames realizados. Conclusões: A realização dos exames de ETE sob sedação com auxílio da cânula orofaríngea de duplo lúmen apresentou baixa incidência de dessaturação nos pacientes avaliados, além de permitir análise do CO2 expirado durante a realização dos exames.

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