No meio do caminho tinha uma epidemia : (Estudo de caso sobre o sarampo na região de Campinas em 1997)

AUTOR(ES)
FONTE

IBICT - Instituto Brasileiro de Informação em Ciência e Tecnologia

DATA DE PUBLICAÇÃO

25/08/1999

RESUMO

Em 1997 ocorreu uma epidemia de sarampo no Estado de São Paulo, com aproximadamente 50.000 casos, que se estendeu para outros estados da Federação e alguns países das Américas. A região de Campinas foi a segunda mais afetada, respondendo por 40% dos casos do interior do estado. Esta investigação constitui-se em um estudo de caso, cujo objetivo é analisar a rede de causas da epidemia de sarampo na região de Campinas. Para tentar explicar o aumento de suscetíveis e consequentemente a ocorrência dos casos foram formuladas quatro hipóteses, a saber: o desabastecimento do imunobiológico; a precariedade das informações utilizadas no sistema de vigilância epidemiológica do sarampo; a deficiente articulação das ações de vigilância e assistência no modelo tecnoassistencial operado pela rede básica e a debilidade dos processos de gestão dos recursos humanos. Baseando-se em análise do material empírico, ou seja, o relato de experiência de alguns atores que vivenciaram a epidemia na região de Campinas e análise documental, reconstruiu-se a história da epidemia e, de certa forma, foram comprovadas as hipóteses. O desabastecimento do imunobiológico, em 1995 e 1996, teve impacto negativo na cobertura vacinal, porém, insuficiente para explicar a epidemia, uma vez que as coberturas já não estavam adequadas em alguns municípios da região, em particular o município de Campinas, uma das áreas estudadas nesta investigação. Verificou-se que alguns problemas de acesso à imunização contribuíram para a queda nas coberturas vacinais. A meta de eliminação/erradicação do sarampo até o ano 2.000, para a região das Américas, pode estar comprometida caso não sejam equacionadas algumas questões do modelo tecnoassistencial, principalmente da rede básica e, ainda, da gestão dos recursos humanos em saúde

ASSUNTO(S)

vigilancia epidemiologica recursos humanos saude publica

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