Nível de dor associado a variáveis sócio-demográficas e clínicas em pessoas que vivem com o vírus da imunodeficiência humana e a síndrome da imunodeficiência adquirida

AUTOR(ES)
FONTE

Rev. dor

DATA DE PUBLICAÇÃO

2017-03

RESUMO

RESUMO JUSTIFICATIVA E OBJETIVOS: A dor é um sintoma comum em pessoas que vivem com a síndrome da imunodeficiência adquirida, sendo bastante subnotificada e não tratada. Por esse motivo, existe a necessidade de estudos que discutam a temática na tentativa de esclarecer os fatores envolvidos nesse processo e buscar tratamentos adequados e eficazes. Dentro dessa perspectiva, o objetivo deste estudo foi relacionar o nível de dor em pessoas que vivem com o vírus da imunodeficiência humana, com variáveis sócio-demográficas e clínicas. MÉTODOS: Pesquisa descritiva com caráter transversal, com 261 indivíduos vivendo com o vírus da imunodeficiência humana. Foi aplicada a escala analógica visual para a intensidade da dor e entrevista semiestruturada como anamnese. RESULTADOS: Foi encontrado um total de 47,5% indivíduos referindo dor leve/sem dor; 24,1% com dor moderada e 28,4% com dor intensa. Foi encontrada relação significativa entre a dor e o sexo (p=0,02), estado de saúde (p=0,001), percepção da saúde, quanto a se sentir doente ou não (p=0,001) e o estágio da infecção (p=0,005). A dor foi caracterizada em lancinante (69%), perfurante (55%) e em queimação (41%), sendo encontrada relação significativa entre essas variáveis (p<0,001). Foi possível encontrar também uma associação significativa com relação a intensidade da dor (p<0,001) e o tempo (p<0,001). Quando aplicado o modelo de regressão logística, o fato de ser mulher representou um risco de 7,256 (p<0,001) para a dor moderada e de 5,329 (p<0,004) para dor intensa. Com relação a idade, as faixas etárias de 21 a 30 anos (0,073; p<0,046), 41 a 50 anos (0,068; p<0,023) e 51 a 60 anos (0,063; p<0,030), apresentaram-se como fator de proteção para a presença de dor moderada. Com relação ao estado de saúde, esta variável apresentou-se como fator de risco para a presença de dor moderada (8,13; p<0,038) e intensa (11,73; p<0,005). CONCLUSÃO: A dor foi um sintoma prevalente entre as pessoas que vivem com o vírus da imunodeficiência humana.

ASSUNTO(S)

dor síndrome da imunodeficiência adquirida vírus da imunodeficiência humana

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