NÍVEL DE ATIVIDADE FÍSICA E COMPORTAMENTO SEDENTÁRIO DE POLICIAIS MILITARES

AUTOR(ES)
FONTE

Rev Bras Med Esporte

DATA DE PUBLICAÇÃO

2020-04

RESUMO

RESUMO Introdução: Estudos sobre o comportamento sedentário no ambiente laboral, cujas condições são de risco à saúde, principalmente, envolvendo níveis de atividade física e saúde de policiais, aumentaram em diversos países do mundo. Objetivo: O objetivo do presente estudo foi comparar os níveis de atividade física, o comportamento sedentário e os riscos à saúde de policiais militares do patrulhamento ostensivo e do especializado. Métodos: Foram avaliados 146 policiais militares do patrulhamento ostensivo e do especializado e coletados dados antropométricos de massa corporal – kg; estatura – m; IMC – kg/m²; relação cintura/quadril (RCQ) e percentual de gordura. Os níveis de atividade e de inatividade física foram determinados pelo IPAQ, versão curta 8, com análise estatística (teste T, U de Mann-Whitney e Qui-quadrado, p≤0,05). Resultados: O tempo médio de atividade física – patrulhamento ostensivo (108,33 ± 92,60 min/sem) e do especializado (137,11 ± 90,30 min/sem) totalizou na média geral 122,72 ± 91,94 min/sem, p≤0,05; e o tempo sentado – patrulhamento ostensivo (391,27 ± 192,90 min/sem) com 30,1% de insuficientemente ativos e do especializado (319,41 ± 123,10 min/sem) com 17,1% de insuficientemente ativos, alcançando a média total de 312,00 ± 112,30 min/sem e 47,3% de insuficientemente ativos. Os policiais ativos têm um terço a menos de chance de desenvolver risco à saúde que os inativos (OR=0,3; IC=0,18-0,67). Os policiais do patrulhamento ostensivo possuem mais chances (3,6) de risco à saúde que os especializados devido ao comportamento sedentário (OR=3,6; IC=1,48-8,75). Conclusão: Ambos os grupos de policiais militares possuem níveis de atividade física abaixo do recomendado e passam a maior parte tempo na posição sentada. Observou-se também que as variáveis dos policiais do patrulhamento ostensivo possuem indicadores mais prejudiciais à saúde do que as dos especializados, entretanto, ambos os grupos ocupacionais devem ser orientados sobre adoção de estilos de vida ativo e saudável. Nível de evidência II; Estudos prognósticos–Investigação do efeito de característica de um paciente sobre o desfecho da doença.

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