Níveis mais Baixos de Fetuína-A Sérica estão Associados a um Maior Risco de Mortalidade em Dez Anos em Pacientes com Infarto do Miocárdio por Supradesnivelamento do Segmento ST
AUTOR(ES)
Çakır, Hakan; Kanat, Selçuk; Çakır, Hilal; Tenekecioğlu, Erhan
FONTE
Arquivos Brasileiros de Cardiologia
DATA DE PUBLICAÇÃO
2022
RESUMO
Resumo Fundamento A fetuína-A é um fator anti-inflamatório e anticalcificação envolvido no curso da doença arterial coronariana (DAC). Em alinhamento com essas funções, investigou-se a fetuína-A como marcador de risco cardiovascular em vários estudos. Porém, a associação entre a fetuína-A e o prognóstico dos pacientes com DAC ainda é controversa. Objetivos O presente estudo foi conduzido para identificar a associação entre o nível de fetuína-A sérica e doença cardiovascular (DCV) de longo prazo e a mortalidade global por infarto do agudo do miocárdio por supradesnivelamento do segmento ST (STEMI). Métodos Foram cadastrados no estudo cento e oitenta pacientes consecutivos com STEMI. A população do estudo foi dividida em subgrupos (mais baixo, ≤288 µg/ml; e mais alto, >288 µg/ml) de acordo com a mediana do nível de fetuína-A. Dados de acompanhamento clínico foram obtidos por contato telefônico anual com pacientes ou familiares. As causas das mortes também foram confirmadas pelo banco de dados de saúde nacional. P-valores bilaterais <0,05 foram considerados estatisticamente significativos. Resultados Durante um acompanhamento médio de 10 anos, foram registradas 71 mortes, das quais 62 foram devidas a DCV. Identificou-se um índice de mortalidade global e por DCV significativamente mais alto no grupo com nível de fetuína-A mais baixo que no grupo com nível de fetuína-A mais alto (44% versus 24%, p= 0,005; 48% versus 31%, p= 0,022, respectivamente). Nas análises de risco proporcionais por regressão de Cox, detectou-se que a fetuína-A era um preditor independente de mortalidade global e por DCV. Conclusões A baixa concentração de fetuína-A está associada ao prognóstico de longo prazo ruim pós-STEMI, independentemente de fatores de risco cardiovascular tradicionais. Nossos achados fortaleceram estudos prévios demonstrando consistentemente o papel determinante dos mediadores anti-inflamatórios em síndromes coronárias agudas.
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