NÍVEIS DE ADAPTAÇÃO FENOTÍPICA REGIONAL (QST) INDICAM QUE A NEUTRALIDADE MOLDOU A ESTRUTURA DE POPULAÇÕES DE Rhizoctonia solani AG-1 IA DA SOJA

AUTOR(ES)
FONTE

Rev. Caatinga

DATA DE PUBLICAÇÃO

2020-09

RESUMO

RESUMO Populações do patógeno da mela da soja (Rhizoctonia solani AG-1 IA) são altamente diferenciadas geneticamente ao longo de um gradiente latitudinal nas mais importantes regiões de cultivo de soja do Brasil. Entretanto, os processos evolutivos que guiaram a adaptação regional são ainda desconhecidos. O objetivo deste trabalho foi avaliar a importância relativa da variação genética neutra e da seleção natural sobre a divergência e adaptação regional de populações de R solani AG-1 IA da soja. Para tanto, comparou-se a diferenciação fenotípica por caracteres quantitativos (QST) e a diferenciação genética neutra (baseada em dados de microssatélites) entre três pares de populações (FST). Como medidas de respostas fenotípicas do fungo (caracteres quantitativos), estimou-se a tolerância ao estresse de temperatura e a tolerância a um fungicida cúprico de amplo espectro de ação (oxicloreto de cobre) sob condições ótimas (25 °C) e de temperatura elevada (33,5 °C). No geral houve aumento da variância genética com um efeito positivo sob a herdabilidade para tolerância ao fungicida cúprico na temperatura de estresse. As diferenças genéticas entre populações foram os principais determinantes da adaptação térmica em R. solani AG-1 IA (h2 > 0.70). A análise da estrutura genética neutra (FST) indicou subdivisão entre os três pares de populações. Embora a comparação de FST com os dados QST entre pares de populações não tenha seguido um único padrão, a maioria dos valores de QST estimados não diferiram significativamente de FST, indicando que, para os caracteres quantitativos estudados, a neutralidade (ou evolução neutra) teve importante papel na adaptação regional das populações do patógeno.

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